Mulher dá à luz gêmeos e morre pouco depois de coronavírus


Sem comorbidades, Pricila da Silva dos Santos, de 36 anos, deu à luz gêmeos no último dia 15 de abril. No entanto, durante o parto a mulher começou a tossir seguidas vezes e precisou ser internada. Na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o quadro da paciente piorou e ela acabou morrendo em Santos, no litoral paulista.

Segundo o marido de Priscila e pai dos bebês João e Levi, o cabeleireiro Osvaldo Batista dos Santos Filho, de 38 anos, a equipe do Hospital Guilerme Álvaro informou que a sua esposa não tinha resistido aos sintomas e falecido na última terça-feira (21), conforme apuração do G1.
No atestado de óbito da vítima consta que a causa da morte foi uma pneumonia em decorrência da Covid-19 e insuficiência respiratória. Priscila foi sepultada sem velório por conta de medidas sanitárias.

“Era uma mulher muito amorosa e eu não pude me despedir. Sinto como se fosse um sonho incompleto, um pesadelo mesmo. Ela era uma pessoa de saúde perfeita. Parece que ainda não caiu a ficha de tudo o que aconteceu”, desabafa o cabeleireiro. O teste de Priscila para o coronavírus segue sob investigação. Já os bebês testaram negativo para a doença e receberam alta hospitalar.
O marido acredita que Priscila tenha sido infectada pelo novo coronavírus no hospital, enquanto aguardava a realização do parto.

“A gente não saia de casa para nada e ela já estava no hospital para poder segurar o nascimentos dos bebês, para que eles não fossem prematuros. É difícil ter contraído em outro lugar”, relata Osvaldo.
Desempregado, o marido foi surpreendido com uma campanha feita por Fabiana Rolim, amiga de Priscila, para arrecadar alimentos e produtos de higiene para os bebês.

“Eu mesmo não pedi, mas as pessoas que conheciam a minha esposa e sabem da nossa história se mobilizaram e montaram grupos para ajudar. Foi um espanto, não imaginava que teria a ajuda das pessoas nesse momento”, conta Osvaldo.
“Ela era uma pessoa sensacional, me propus porque sei que pode ser difícil cuidar de três crianças”, explica amiga.

ISTOÉ

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